A mão trôpega guiava-o para longe da luz trouxe-o de volta de volta da sua viagem interna sobre seus ódios e mazelas, apenas para aguçá-los(mais um prego no caixão). Ele no entanto, se refreava. As bocas e mãos começam a explorar os caminhos dos corpos em meio à escuridão fria da madrugada. a fricção das roupas contrastavam com a luta interna que se travava nele. Suas bestas internas rasgavam-se pelo direito de ditar-lhe o que fazer.
Uma parte de si ansiava por aquilo. Ele tinha fome de carne. De calor. de toque. E apesar do desconforto de tantos sentidos, aprazia-lhe (ainda que momentaneamente) ter aquele ser entre as pernas, a matar-lhe as vontades. O gosto do sangue, e suor e álcool inundavam-lhe a boca e o pensamento aquela noite, e era por aquilo que ela tinha saído aquela noite. Era pela carne, e o gozo, e a lascívia, e a lástima que sentia do íntimo de seu corpo. E era apenas por aquilo, que as outras feras ainda se mantinham em suas coleiras.
Ele sentiu a fera e a fome adormecerem junto com o torpor do corpo satisfeitos com os desejos primários. Inundados com o gozo recente. Agora, vinha a diversão. As feras dentro de si começavam a acordar, e sussurrar-lhe ao ouvido.Subitamente, os sentidos começaram a voltar-lhe. Ele força um sorriso para ela, que responde igualmente, com um olhar entorpecido de dopamina e cachaça fluindo pelo sangue. E é disso que ele começa a sentir sede. Sangue. A fúria bate à porta, e ele se vê com vontade de acabar com aquilo ali mesmo. Rasgá-la de cima a baixo. retalhá-la tanto quanto podia. quebrar osso. talhar carne. cortar tendão. Ver o sangue correndo rubro pela sarjeta seca.
Ele queria Tudo. Tudo de uma vez, para que pudesse acabar com tudo. Queria apenas o fim. O dele, o desse ódio que o consumia, que consumia tudo e todos. O fim desse mundo incômodo que era tão estranho aos seus aguçados sentidos, Queria que tudo acabasse ali. Mas já que não era possível, talvez acabar apenas com ela já fosse um começo...
Entrou em ação algo mais profundo. Mais intrínseco. Mais cruel. A vontade do caçador impelia-o a acalmar-se. A se segurar. A esperar pelo momento certo. "Nunca volte de mãos vazias". As mãos começaram a acomodar-se pelo corpo dela, que despercebidamente, deixava-se envolver. Mãos, pernas, braços. Todos os membros iam lentamente posicionando-se para a ação final. O rush acontecera como de costume. Ela notara o que acontecia quando era tarde demais(pobre presa indefesa). " Pavor em si, não é um estado estático, mas um estado dinâmico. É quando a alegria desmancha-se em desespero". Ele deleitava-se com as fúteis tentativas da presa de se libertar. O medo inundando os seus olhos...
-Oh, Glorioso! pensou ele. Era esse momento, que fazia tudo valera a pena. O resto, era resto.
Ele apreciou os esforços dela por um último momento, e deu o puxão brusco no pescoço que fez a vida deixar aquele corpo. o estalo das vértebras se partindo veio acompanhado do estado de moleza sacudinte do cadáver que agora ali jazia.
Ele pousou o corpo sentado gentilmente junto à parede do beco, e caminhou até a rua principal.
A noite estava apenas começando...
Ele queria Tudo. Tudo de uma vez, para que pudesse acabar com tudo. Queria apenas o fim. O dele, o desse ódio que o consumia, que consumia tudo e todos. O fim desse mundo incômodo que era tão estranho aos seus aguçados sentidos, Queria que tudo acabasse ali. Mas já que não era possível, talvez acabar apenas com ela já fosse um começo...
Entrou em ação algo mais profundo. Mais intrínseco. Mais cruel. A vontade do caçador impelia-o a acalmar-se. A se segurar. A esperar pelo momento certo. "Nunca volte de mãos vazias". As mãos começaram a acomodar-se pelo corpo dela, que despercebidamente, deixava-se envolver. Mãos, pernas, braços. Todos os membros iam lentamente posicionando-se para a ação final. O rush acontecera como de costume. Ela notara o que acontecia quando era tarde demais(pobre presa indefesa). " Pavor em si, não é um estado estático, mas um estado dinâmico. É quando a alegria desmancha-se em desespero". Ele deleitava-se com as fúteis tentativas da presa de se libertar. O medo inundando os seus olhos...
-Oh, Glorioso! pensou ele. Era esse momento, que fazia tudo valera a pena. O resto, era resto.
Ele apreciou os esforços dela por um último momento, e deu o puxão brusco no pescoço que fez a vida deixar aquele corpo. o estalo das vértebras se partindo veio acompanhado do estado de moleza sacudinte do cadáver que agora ali jazia.
Ele pousou o corpo sentado gentilmente junto à parede do beco, e caminhou até a rua principal.
A noite estava apenas começando...