sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Hermes Trimegisto

O ouroboros se devora e se completa.nunca parado, nunca andando,nunca parando, nunca começando,nunca terminando.nunca nada, nunca tudo, nunca-nunca,nunca-sempre. nunca e sempre, e nunca e sempre completo.um e outro, e um e o outro ao mesmo templo. e o que está em baixo é como o que está em cima, e o que está por cima é como o que está por baixo, e eles trocam e se trocam,e se tocam, e se devoram um ao outro e nunca terminam e nunca queriam terminar, e nunca e sempre se completam. yin e yang, 6 e 9.e o fim é o começo e o começo do fim, e a cauda é o fim onde começa a boca, e a boca é o fim onde termina a cauda, e o ciclo nunca para nem começa, por que não(nunca) sabe o que é o começo e o que é o final, e de todas as coisas incompletas, ela é a mais incompleta, o que faz dela a mais completa das coisas. pois completa ela a ela mesma, e de mais nada precisa. que inveja de ti, ouroboros, que não precisas de nada nem de tudo, pois és ambos e nenhum.e és eu e eu sou tu, e eu mesmo não te conheço, como não me conheço, mas tu me conheces não é?      

 conhecemos.

calm lake

Converso com ecos de longe, saudoso de um rosto emplumado que há muito não vejo, quando me vem uma epifania.
Pergunto: feliz ultimamente ?
Responde: a little.
mesmo que seja a little, ainda assim é sempre bom. fico satisfeito em ver um pouco de calmaria naquele vento tao acostumado a produzir typhoons, e me pego refletindo sobre a minha própria pergunta...
Pergunto: "Feliz ultimamente ? "
Respondo: "Em paz "
  Não foi uma resposta muito comum...foi estranho, e assustou um pouco. os três últimos anos me acostumaram a águas turbulentas; saindo de um redemoinho e entrando em outro.Chovendo torrentes,muitas vezes,por causas que não mereciam nem uma gota. Mas agora olho dentro de mim, e encontro águas calmas,claras,quentes.dá até vontade de dar um mergulho.A dor dera compreensão, e compreensão, gera serenidade.
Pergunto: "feliz ultimamente ? "
Respondo: Sim, encontei-a onde menos esperava. em mim.
 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

É mais bonito sofrer de amor (?) .

Eu já ouvi falar que, quem ama de verdade, sofre. É mais bonito sofrer, amargurar, perder um pedaço de si por alguém, desenganar-se de um amor, chorar até não haver mais lágrimas e secar, perder a sensibilidade, morrer pro amor. Pois bem, preciso colocar-me a respeito do que foi dito. Por muitas vezes me desdigo, tenho opiniões contraditórias a respeito do amor. Contudo respondo e complemento: é claro que tenho e terei controvérsias em minhas manifestações a respeito do assunto. Tão polêmico, tão bonito, tão voraz. O amor é bonito e feio, e nem há como negar. Ele, ao mesmo tempo em que preenche perfeitamente, esborra como algo que não cabe, enjoa e dá vontade, desejo. O amor é bonito e feio, cheio e vazio, triste e feliz. Pra mim o amor não chegou e ao mesmo tempo chega todos os dias. É complexo, porém tão simples que assusta. Suspiro, amargo, morro pelo amor... Amo e odeio a possibilidade de amar.
    escrito pela karol coelho, do blog Éramos apenas pedras...