E no meio da atmosfera, eu flutuo. Leve. Livre. Lúcido. Eu boio, embalado no leve vai-e-vem das ondas que me amparam. Os braços; abertos, abarcam o fluido que me sustenta. E eu penso, e paro. E paro de pensar. E tudo que existe pra mim, é a água, e o inspirar dos meus pulmões. E enquanto minha mente se esvazia, Eu expiro.Calmamente. E me afogo. E a água gentilmente, me abraça. Doce, Quente, como é de seu feitio. Parada. Parado. Parados. Ela, e eu. Juntos. Eu abro os olhos, e juntos vemos o céu estrelado. E a luz treme pela refração dos meus olhos. Lindas estrelas nos miram, curiosas. Vergonhosas. Em silêncio, As bolhas saem. Tremem, e Sobem apressadas. Como um rebanho de pequenas águas vivas. e todo o espaço do éter acima, contrasta com o espaço do azul maternal abaixo, no qual estou imerso. E no contemplar das luzes bailando no escuro, o sábio silêncio me envolve, e eu nada ouço. Nada vejo. Nada penso. Nada sou exceto parte da água que me envolve. E toda a cadeia de pensamentos cessa, e eu ouço o silencio. O real silêncio... Tranquilidade. Harmonia.
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